segunda-feira, 25 de março de 2013

Mosquitérica

Como Compreender um Biólogo


Tenha paciência ao caminhar com ele na rua. É provável que ele faça paradas freqüentes... Sempre há uma formiga carregando uma folha gigantesca nas costas ou uma samambaia disposta de uma forma estranha num buraco do muro. 

Ele acha isso incrível!!! 

Toda vez que vocês entrarem em qualquer assunto que envolva a área dele, ele se empolgará. Finja que presta atenção no que ele diz. Finja que está entendendo também. Entenda que o conceito de beleza de seu amigo biólogo é um tantinho diferente do seu. Sapos verdes, gosmentos e verruguentos são lindos. 

Escorpiões, aranhas, opiliões (hein?), aye-ayes (heeeiiinnn???!!!)... são todos lindos.Tente não vomitar quando ele te mostrar as fotos da última necropsia feita num golfinho. 

Simplesmente ignore quando o encontrar agachado sobre o musgo... e faça o possível para que ele não te veja, pois uma vez que isso acontecer ele começará o discurso em biologuês: “são briófitas! São as plantas mais simples! Você acredita que elas não têm nem vasos condutores? E elas ainda dependem da água para a fecundação e...” 

É provável que ele prefira ir para o congresso de Mastozoologia ao invés daquela viagem romântica. Você quer ajudá-lo? Mostre que há outras coisas no mundo, por exemplo... convide-o para ir a um museu de arte. Ou a um grupo de discussão sobre literatura. 

Ele terá tendência a chamar pinheiros de gimnospermas. E a pinha (de onde 
vem o pinhão) de estróbilo. 

Não, ele não é um maníaco suicida se decidir entrar numa jaula para mergulhar com tubarões-brancos. Mas também não deve estar em seu juízo perfeito. 

Ah, e é melhor você assistir filmes como Dinossauros, A Era do Gelo e Procurando Nemo com amigos que não sejam biólogos. Caso contrário você ouvirá, durante o filme: “ah, mas baleias não têm essa conexão entre a boca e o nariz, o Marlin e a Dori nunca poderiam ter saído pelas narinas dela!” E quem se importa? 

Bem, ELE se importa, e muito.

sexta-feira, 22 de março de 2013

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Quais órgãos podem ser transplantados de um doador vivo?

POR 
KARLLA PATRÍCIA

 – 28 DE FEVEREIRO DE 2013

“Estou fazendo curso de Biologia e durante uma aula, discutindo sobre transplantes tive dúvida sobre os órgãos e tecidos que uma pessoa pode receber através de transplante de uma pessoa viva. Pode me dar uma luz?” Géssica Garcia

Géssica, o transplante é um procedimento cirúrgico em que um doador (morto ou vivo) repõe um órgão (coração, pâncreas, pulmão, fígado, rim) ou tecidos (medula óssea, ossos, córneas) para um indivíduo doente.
Em vida, uma pessoa pode ser doadora dos seguintes órgãos: rim, que são os casos mais comuns; parte do fígado, pois este é um órgão com capacidade de regeneração; parte do pulmão em casos raros devido à necessidade de dois doadores para um receptor e até mesmo parte do pâncreas e do intestino, ambos em situações excepcionais. No Brasil, acontecem, por ano, com doadores vivos, até 2 mil transplantes de rim, em torno de 160 de fígado e no máximo três de pulmão.

Com relação aos tecidos, a medula óssea (células hematopoiéticas) só pode mesmo ser transplantada de um doador vivo em que não é necessário ter relações de parentesco com o doente. Qualquer um pode ser doador. Inclusive existe um banco de medula, na qual o doador coleta uma amostra de sangue e, se alguém que precisar do transplante for imunologicamente compatível, será solicitada a doação da medula óssea.
Várias doenças podem levar à necessidade desses transplantes. No caso do rim, a hipertensão e o diabetes são as principais causas da perda de função do órgão. Já o fígado precisa ser substituído quando os pacientes apresentam falência hepática provocada por problemas agudos ou mesmo por tumores na região. O transplante pulmonar, por sua vez, é indicado para doenças terminais, geradas por fibroses, enfisemas e doenças obstrutivas crônicas. No caso da medula óssea, a cirurgia é recomendada para tratar pacientes com anemia aplástica, leucemias, linfomas e mieloma múltiplo.
O transplante renal é o tipo de transplante que mais ocorre com doador ainda vivo!
FONTE: Nova escola

Larvas de moscas: as assistentes do médico no tratamento de feridas crônicas


POR 
KARLLA PATRÍCIA

Eu amo os insetos e todos sabem disso. Mas assumo que é difícil aceitar a possibilidade de ter larvas nojentas devorando um tecido do nosso corpo. Mas saiba que a larva-terapia está virando moda no mundo inteiro com resultados impressionantes de recuperação. Esta terapia especial resulta numa impressionante “limpeza de feridas” como se fosse uma bio-cirurgia.
O tratamento consiste no uso de larvas de moscas com hábito saprófago, ou seja, que se alimentam de tecido necrosado (podre). Normalmente vem sendo usadas as larvas da mosca Lucilia sericata (um tipo de mosca-varejeira) gostam exatamente daquilo que causa um problema na ferida: o tecido morto que não cicatriza. Essas larvas não possuem pequenos dentes. Elas liberam uma enzima que prepara o seu “alimento” e ainda acaba com bactérias resistentes a antibióticos.
As larvas da mosca varejeira são cultivadas livres de germes em um laboratório. Em comparação com o método tradicional de limpeza da ferida com bisturi e do combate à infecção com medicamentos realizam o seu trabalho totalmente sem dor e sem efeitos colaterais. As larvas trabalham de maneira altamente seletiva, assimilando somente tecidos mortos, sem mexer nas partes saudáveis. Como nos tecidos mortos não há mais fibras nervosas, o paciente não sente nada. Após três ou quatro dias é efetuada a troca do curativo e das larvas. As larvas aumentaram seu volume corporal em 10 vezes quando o existe muito tecido necrosado. O tratamento demora de 2 a 6 meses.
A aplicação destes “bio-cirurgiões” é contra-indicada quando há uma abertura corporal perto da ferida ou no caso de ferimentos agudos. É muito indicada para feridas crônicas, como abcessos nas pernas do diabético ou escaras (feridas crônicas, abertas no paciente que fica longos períodos deitado).
Como outros métodos de cura que já caíram no esquecimento, o tratamento de feridas com a larva Lucilia sericata não é nenhuma invenção da atualidade. Durante a guerra de recessão norte-americana, os médicos nos campos de batalha observavam que os feridos deitados a céu aberto apresentavam uma cura surpreendentemente rápida, depois que moscas varejeiras haviam posto seus ovos nas feridas. Também na 2ª Guerra Mundial os médicos usaram esse método com sucesso. Somente no decorrer do desenvolvimento dos antibióticos a terapia com a ajuda das larvas foi esquecida.
1- As larvas criadas em laboratório são acondicionadas em frascos etiquetados dessa forma: Larvas Medicinais Desinfetadas :(
2- A ferida necrosada é preparada para receber as larvas. Notem a quantidade de tecido apodrecido e infeccionado. :sick:
3- As larvas recén-emergidas e famintas são colocadas diretamente na ferida, protegidas com gaze e então o curativo é fechado normalmente. :o
4- A cada 2  dias o curativo é trocado. Impressionante: As larvas devoram o tecido necrosado e aumentam 10 vezes o seu tamanho. :sick:
5- A ferida é lavada, as larvas gordinhas são retiradas. :bandit:
6- O processo é repetido: a ferida recebe outro “carregamento” de larvas (cerca de 200). Geralmente o tratamento demora de 2 a 6 meses dependendo da gravidade. :(
7- O resultado é impressionante!

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